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| Álvaro Cunhal
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Adaptada do original português para o público leitor brasileiro. As partes entre [ ] são acréscimos dessa adaptação. |
Álvaro Barreirinhas Cunhal, filho de Avelino Cunhal e Mercedes Cunhal, nasceu na freguesia da Sé Nova em Coimbra[, Portugal], no dia 10 de Novembro de 1913.
Álvaro Cunhal teve dois irmãos mais velhos, António José, que morreu em 1933, com vinte e dois anos, vítima de tuberculose, e Maria Mansuenta, que morreu em Seia, em 1921, com apenas nove anos, também vítima de tuberculose.
A sua infância foi vivida em Seia, terra de seu pai. Com onze anos de idade muda-se com a família para Lisboa, onde faz os seus estudos secundários no [Educandário] Pedro Nunes e mais tarde no liceu Camões.
Em 1927 nasce a sua irmã mais nova, Maria Eugénia. Em 1931, com dezessete anos, ingressa na Faculdade de Direito de Lisboa, onde inicia a sua atividade política. Neste mesmo ano filia-se ao PCP e faz parte da Liga dos Amigos da URSS e do Socorro Vermelho Internacional.
Em 1934 torna-se representante dos estudantes de Lisboa no Senado Universitário, mas devido à [sua] intensa atividade política, a faculdade acaba por passar para segundo plano.
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Desenho de Álvaro Cunhal
Segundo uma biografia publicada em 1954, pelo Secretariado do PCP, Álvaro Cunhal entrou para a clandestinidade em 1935 e participou no VI Congresso da Internacional Juvenil Comunista em Moscou[, URSS].
Em 1936 entra para o Comité Central do PCP, que o envia à Espanha, onde vive os primeiros cinco meses da Guerra Civil.
Em Junho de 1937 é preso pela primeira vez. É levado para o [Presídio de] Aljube e posteriormente transferido para Peniche. Um ano depois é libertado, mas por razões políticas é obrigado a cumprir o serviço militar, em Dezembro de 1939, na Companhia Disciplinar de Penamacor. Por razões de saúde, Álvaro Cunhal acaba por ser dispensado pela Junta Médica Militar.
Ao longo da década de 30, Cunhal foi colaborador de vários jornais e revistas, entre os quais se contam O Diabo, Sol Nascente, Seara Nova, Vértice e nas publicações clandistinas do PCP, Avante e Militante, onde escreveu artigos de intervenção política e ideológica.
Em maio de 1940 é novamente preso e faz o seu exame final na Faculdade de Direito de Lisboa sob escolta policial. Apresenta uma tese sobre a realidade social do aborto, que seria avaliada por um jurí composto por Marcelo Caetano, Paulo Cunha e Cavaleiro Ferreira, figuras destacadas do regime Salazarista. A sua classificação final foi de 16 valores.
Em 1941 trabalhou como regente de estudos no Colégio Moderno, a convite de João Soares, pai de Mário Soares [um dos líderes do Partido Socialista Português, PSP, posteriormente Primeiro Ministro], função que desempenhou até Dezembro do mesmo ano, altura em que entrou de novo na clandestinidade. Em 1947, faz uma viagem clandestina à URSS, Iugoslávia, Checoslováquia e França, a fim de restabelecer as relações do PCP com o movimento internacional.
Em 25 de março de 1949, Álvaro Cunhal é preso pela terceira vez, numa casa clandestina do Luso. Com ele são também presos Militão Ribeiro e Sofia Ferreira.
O seu julgamento ocorreu um ano depois. Neste julgamento Cunhal fez uma declaração em que se afirmava "filho adotivo do proletariado" e dirigiu um forte ataque ao regime salazarista.
Foi condenado e preso na Penitenciária de Lisboa, sendo transferido para a prisão-fortaleza de Peniche em 1958.
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Desenho de Álvaro Cunhal
Em 1953 desenvolve-se um movimento internacional de solidariedade pela sua libertação, que conta com a participação de inúmeros intelectuais e artistas estrangeiros. Destes destacam-se Jorge Amado e Pablo Neruda, que lhe dedica o poema "Lámpara Marina".
Dos onze anos que esteve encarcerado, foi mantido incomunicável durante catorze meses e passou oito em total isolamento.
Em janeiro de 1960 dá-se a famosa fuga do Forte de Peniche.
No dia 25 de dezembro de 1960 nasce a sua única filha, Ana Cunhal, fruto da sua relação com Isaura Maria Moreira.
Após a fuga, Cunhal fica ainda cerca de dois anos em Portugal, na clandestinidade. Durante este período viveu em casas clandestinas de vários pontos do país como: Sintra, Ericeira, Amadora, Coimbra e Porto.
Em 1961 é eleito Secretário Geral do PCP. Em 1962 é enviado pelo PCP para o estrangeiro, primeiro para Moscou, depois para Paris, onde vive clandestino durante cerca de oito anos. Assiste em Paris ao Maio de 68 e é de lá que vê a Revolução de Abril acontecer. Regressa a Portugal em 30 de abril de 1974.
A 15 de maio do mesmo ano toma posse como ministro sem pasta no I Governo Provisório. Mantém o mesmo cargo nos II, III e IV Governos Provisórios.
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Desenho de Álvaro Cunhal Em 1975 é eleito deputado à Assembléia Constituinte, reelegendo-se até 1992, altura em que se afasta do cargo de Secretário Geral do PCP. É eleito deputado à Assembleia da República, por Lisboa, em todas as eleições legislativas ([nos anos de] 1976; 1979; 1980; 1983; 1985; 1987). Só por curtos prazos poderá ocupar esse lugar.
Em 1982 torna-se Membro do Conselho de Estado, cargo que abandona em 1992. Em janeiro de 1989 parte para Moscou, onde faz uma cirurgia cárdio-vascular. Recuperado, regressa a Portugal em junho do mesmo ano.
No ano de 1992 deixa o cargo de Secretário Geral do PCP, que passa a ser ocupado por Carlos Carvalhas, e é eleito pelo Comité Central para o, recém criado, cargo de Presidente do Conselho Nacional do PCP.
Liberto das suas funções de liderança partidária, Álvaro Cunhal, ao lado de suas atividades políticaa correntes, assume claramente a sua condição de romancista e esteta.
Neste sentido, em 1995 reconhece publicamente ser ele o romancista Manuel Tiago e um ano mais tarde publica um ensaio sobre Estética, onde apresenta as suas reflexões neste domínio.
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| Cartazes Portugueses do PCP |
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Caro Leitor, esperamos que a leitura de nossa Homenagem a Álvaro Cunhal, um dos principais líderes progressistas de toda a Europa, e a ilustração dos Cartazes do Partido Comunista Português, tenham sido proveitosas e agradáveis. O texto original foi preparado pelo PCP, a quem agradecemos pelo fraternal apoio e felicitamos por seus 80 anos. Direitos Reservados ©.
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