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Resenha:

JINKINGS, Nise

O Mister de Fazer Dinheiro

Automação e Subjetividade no Trabalho Bancário

São Paulo, Ed. Boitempo, 1995.

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Sergio Lessa
Sergio_Lessa@revistapraxis.cjb.net

Professor da Universidade Federal de Alagoas, membro das editorias das Revistas Práxis e Crítica Marxista.


A publicação da segunda edição do livro O Mister de Fazer Dinheiro, de Nise Jenkings, antes mesmo de completar o primeiro ano do seu lançamento, parece ser parte do já merecido e longamente esperado revival de uma literatura marcadamente de esquerda no País. Estamos ainda, é verdade, longe de presenciarmos um novo boom editorial crítico ao atual status quo; contudo, sinais persistentes parecem indicar que uma parcela ponderável da opinião pública vê com crescente interesse, e cada vez menor preconceito, a produção intelectual, digamos assim, socialista.

O livro da Nise Jinkings é mais um título significativo da promissora e nova geração de intelectuais de esquerda – e mais um belo tento da editora Boitempo. Entre seus méritos, em primeiro lugar, está em evidenciar, ao contrário do que muitos afirmam, a persistência da validade do instrumental teórico marxiano para a análise do mundo contemporâneo, mesmo em se tratando de análise empírica das situações sociais concretas. A concepção segundo a qual Marx teria desenvolvido um complexo teórico-categorial adequado para pensar apenas e tão-somente macroscopicamente a sociedade, sendo inadequado para a apreensão das situações concretas, particulares, de relações sociais localizadas, é negada frontalmente pela démarche da autora.

É justamente uma rica compreensão das categorias marxianas (que supera as misérias tanto do marxismo vulgar quando do marxismo analítico ou do pós-modernismo) que permite à autora, com enorme felicidade, penetrar no cotidiano da vida dos bancários. É esse instrumental que lhe permite desvelar a consubstanciação de uma cotidianidade submetida a um processo de restruturação produtiva que destrói, pela expulsão do emprego, uma parcela ponderável dos bancários e, ao mesmo tempo, introduz enormes modificações materiais e subjetivas naqueles que permanecem empregados. Essa articulação entre totalidade da reprodução do capital (evidentemente apenas sugerido no livro, já que completamente fora do seu objeto específico de investigação) e a vida cotidiana, típica da concepção marxiana, permite a Nise Jinkings desvelar em que medida e intensidade são os bancários, hoje, uma das evidências mais brutais da desumanidade em que se transformou a sociedade burguesa. Eles, ao longo do livro, vão deixando de ser fria categoria sociológica para adquirir uma expressão concreta (cheia de vida, dores, frustrações, tragédias e revoltas) da forma contemporânea predominante de desumanidade socialmente produzida, qual seja, a geração de um excedente de força-de-trabalho como conseqüência do aumento da produtividade: essa, exatamente, a raiz do processo a que estão submetidos os bancários. A automação dos bancos, que poderia proporcionar um maior tempo livre para os trabalhadores, resulta exatamente no seu oposto: uma intensidade maior de trabalho para os ainda empregados ao lado de uma enorme massa de desempregados e terceirizados.

Perseguir os meandros desse processo, evidenciar os seus nexos internos, explorar como os bancários, indivíduos concretos de carne e osso, vivenciam direta e cotidianamente a produção ampliada de sua própria desumanidade, é o que faz Nise Jinkings em O Mister de Fazer Dinheiro. Bela temática, belo texto, análise oportuna e necessária de parcela das nossas vidas, já que permite compreender melhor em quão desumanos estamos transformando-nos.

Texto de estréia da autora, revela uma invejável capacidade de produzir um texto científico de alta qualidade e, ao mesmo tempo, acessível ao leitor não especializado. Que a autora, e a Boitempo Editorial, continuem a brindar-nos com textos dessa qualidade.


Caro Leitor, esperamos que a leitura deste artigo, pertencente à Revista Práxis número 8, Março de 1997, tenha sido proveitosa e agradável.

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