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| Resenha:GORENDER, Jacob; KATZ, Claudio; LÖWY, Michael; OSVALDO Coggiola; e PETRAS, James Marxismo HojeOrganização: Osvaldo Coggiola. São Paulo, Ed. Xamã, 127 págs. | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Sergio Lessa
Sergio_Lessa@revistapraxis.cjb.net
Professor da Universidade Federal de Alagoas, membro das editorias das revistas Crítica Marxista e Práxis.
A coletânea organizada por Osvaldo Coggiola, Marxismo Hoje, constitui um autêntico texto de combate, na melhor acepção do termo. Inicia-se com um texto de Jacob Gorender, "A vigência d'O Capital nos dias de Hoje", no qual é reafirmado vigorosamente que apenas com a superação da ordem capitalista poderá O Capital, de Marx, converter-se em uma obra superada pela história. A seguir, o texto de James Petras, "Os intelectuais em retirada", chama atenção para um aspecto decisivo do abandono do marxismo pela intelectualidade acadêmica: a sua cooptação pelos mecanismos de financiamento que, literalmente, compraram a consciência de muitos professores. O caráter de classe das agências financiadoras e os seus objetivos políticos, quase sempre mascarados por uma pretensa neutralidade burocrática, é sublinhado fortemente pelo autor.
A crítica ao "pós-marxismo" é a tarefa assumida pelo texto de Claudio Katz, professor de economia na Universidade de Buenos Aires. Relembra Katz que a morte do marxismo já foi anunciada inúmeras vezes, que a cada vez se apresenta uma teoria superadora do "velho marxismo" e que, no entanto, a cada virada da história, lá se encontra novamente o "velho" Marx. O "pós-marxismo" contemporâneo nada mais seria do que uma nova tentativa de enterrar Marx que, tal como as outras, não será bem sucedida, devido ao fato de que nenhum outro pensador foi capaz de fazer a crítica radical da sociedade burguesa tão bem quanto ele o fez. O individualismo, o idealismo e a pretensa neutralidade científica do "pós-marxismo" são submetidos a uma rigorosa análise crítica, e refutados nos seus pontos essenciais.
James Petras retorna na coletânea com um instigante artigo acerca do imperialismo norte-americano, "Os EUA: Imperialismo e Luta de Classes". A sua tese central é de que os EUA representam uma forma particular do fenômeno mais geral do imperialismo: "O crescimento internacional dos EUA (...) implica prejuízos para a sociedade doméstica, ao desviar recursos do Estado, da economia e dos programas sociais para sustentar o poder global". (p. 84) Nesse sentido, argumenta Petras, diferentemente do pensado por Lenin e pelo liberalismo, imperialismo não necessariamente significa prosperidade doméstica.
Michael Löwy, no seu texto "Romantismo e Marxismo", retorna à sua tese acerca do romantismo enquanto uma Weltanschauung presente também no movimento revolucionário e na gênese do próprio marxismo. Salienta o autor não ser Marx um romântico, mas postula que o esquecimento de suas raízes românticas poderia ser uma das causas da perda do caráter utópico-revolucionário do marxismo.
Osvaldo Coggiola encerra a coletânea com o texto "A vigência do Marxismo". No primeiro parágrafo, o autor delineia o terreno em que se coloca: "A questão da vigência do marxismo refere-se à vigência das premissas teóricas e programáticas da doutrina marxista". (p. 111) A partir desse pressuposto, Coggiola submete à crítica correntes e pensadores contemporâneos que trabalham justamente nessa cisão teoria-programa. Vale salientar a passagem em que analisa o "marxismo" analítico, pois é dos raros textos em português que se voltaram ao tema. Sua crítica de Elster e Roemer, embora necessariamente breve, é das mais argutas. Conclui o autor que se impõe, nos nossos dias, a reconstrução prático-teórica da unidade entre teoria e programa revolucionários. Para tanto, defende a sua tese, obviamente muito polêmica, de que a reconstrução da IV Internacional "é a tarefa central do marxismo no atual período político". (p. 125)
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Cartaz chinês aponta o Futuro da Humanidade para o Socialismo
Comemorativo do Centenário de Morte de Marx - 1983
Caro Leitor, esperamos que a leitura deste artigo, pertencente à Revista Práxis número 5, Outubro de 1995, tenha sido proveitosa e agradável. Caso se interesse pelo livro 'Marxismo Hoje', coletânea de artigos e ensaios organizada por Osvaldo Coggiola, entre em contato conosco. Obrigado.
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