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Resenha:

ANTUNES, Ricardo

Adeus ao Trabalho?

Ensaios sobre a Metamorfose e a Centralidade do Mundo do Trabalho

São Paulo, Ed. Cortez, 1995. 158 págs.

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Maria Augusta Tavares
Maria_Augusta_Tavares@revistapraxis.cjb.net

Mestranda em Serviço Social pela UFPE.


A crise estrutural que atinge os três grandes pólos da economia mundial provocou mudanças no interior do mundo do trabalho. André Görz, em seu livro Adeus ao Proletariado (1980), discutiu o que supôs ser uma tendência à diminuição crescente do número de operários, que seria resultante da robotização e da informatização na sociedade contemporânea pós-industrial, apontando para a tese da extinção do proletariado como aquela classe capaz de uma consciência para-si.

Essa polêmica "crise da sociedade do trabalho", que enseja a tese do fim da divisão do trabalho e que permite que o individualismo como apareça como sua solução, inspira Antunes, no seu Adeus ao Trabalho?, a relevantes reflexões sobre o estatuto da centralidade da categoria trabalho no universo da práxis humana na sociedade contemporânea, onde, inegavelmente, evidencia-se o crescimento da dimensão qualificada do trabalho.

No âmbito da sociedade capitalista, Antunes situa os processos de trabalho – fordismo, toyotismo e "especialização flexível" – que ao longo deste século se "substituíram" na perspectiva de adequação da produção à lógica imposta pelo mercado.

Fundado em Marx, Antunes conduz o leitor pela última década, resgatando, do ponto de vista de diversos autores, os referidos processos de trabalho, nos quais ele indica elementos que considera importantes para, em seguida, apontar as repercussões que essas transformações suscitaram no interior do mundo do trabalho.

As formulações apresentadas contrapõem o toyotismo à crise do fordismo dos anos setenta, sobre o que Gournet afirma: "Com o toyotismo, parece desaparecer o trabalho repetitivo, ultra-simples, desmotivante e embrutecedor. Finalmente estamos na fase do enriquecimento das tarefas, da satisfação do consumidor, do controle de qualidade".

Antunes distingue a era toyotista da era fordista: "Esta era movida centralmente por uma lógica mais despótica; aquela, a do toyotismo, é mais consensual, mais envolvente, mais participativa, em verdade mais manipulatória". (p. 34) Antunes observa que a agregação da elaboração e da execução existente no toyotismo não passa de mera aparência, de um "envolvimento cooptado" e fetichizador da realidade.

O processo de estranhamento do ser social que trabalha remete o autor à prática defensiva dos sindicatos e da esquerda política, especialmente após a derrocada do Leste europeu, demarcando a ausência de "uma consciência para além do capital" no final deste século, que Antunes denomina de "século perdido" para os que são críticos ao capital.

Neste contexto, Antunes analisa as transformações do mundo do trabalho e afirma que "não há uma tendência generalizante e uníssona", mas sim "uma processualidade contraditória e multiforme" que heterogeneiza, complexifica e fragmenta o processo de trabalho que, não obstante a sua dimensão fenomênica, permanece como fonte criadora de valor.

Estas transformações, vistas em suas múltiplas implicações, são analisadas por Antunes à luz da teoria marxiana, levando-o a concluir que "nem o operariado desaparecerá tão rapidamente e, o que é fundamental, não é possível perspectivar nem mesmo num universo distante, nenhuma possibilidade de eliminação da classe-que-vive-do-trabalho". (p. 54)

Sob a forma de apêndice, Antunes recoloca questões empíricas e teóricas suscitadas pela crise da sociedade do trabalho, merecendo destaque o texto "Trabalho e Estranhamento", onde o autor, com a propriedade de um bom marxista, ressalta a reificação das relações sociais capitalista em detrimento das relações ontológicas fundamentais.

A riqueza da obra de Antunes, modestamente referida por ele como ensaio, reside no fato de não se limitar às conseqüências lógicas das metamorfoses do trabalho. Priorizando a gênese ontológica, Antunes sublinha a importância da totalidade como a categoria capaz de conferir consistência à interpretação dessa processualidade que, aparentemente, transforma as relações de produção mas, na verdade, agrava as contradições entre os assalariados face às exigências tecnológicas impostas aos trabalhadores pela lógica do capital.


Caro Leitor, esperamos que a leitura deste artigo, pertencente à Revista Práxis número 4, Julho de 1995, tenha sido proveitosa e agradável. Caso deseje adquirir o livro 'Adeus ao Trabalho?', do Prof. Ricardo Antunes, entre em contato conosco. Obrigado.

São permitidas a reprodução, distribuição e impressão deste texto com a devida e inalienável citação da sua origem. Direitos Reservados ©.


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