EDITORIAL    Caro Amigo,    com este Boletim a Revista Práxis na Internet presta um serviço regular aos seus leitores e amigos. Enviamos periodicamente notícias referentes à nossa Revista, cronogramas, agenda de eventos, divulgação de materiais correlatos, além de artigos, ensaios e textos para leitura. Cremos ser um bom apoio para favorecer o intercâmbio e o debate de idéias.    Divulgue esse serviço aos seus amigos, qualquer interessado poderá receber nossa remessa, bastando fornecer-nos o e-mail adequado. Caso deseje colaborar, remeta-nos suas contribuições para nosso e-mail, seu correio eletrônico será preservado. Os materiais não precisam ser de sua autoria, mas devem ser de acesso público, garantidos os direitos autoral e de cópia. Os textos recebidos serão publicados após rápida revisão (pequenos deslizes podem, eventualmente, ocorrer). Textos em língua estrangeira serão remetidos sem tradução. Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores. Caso queira descontinuar seu recebimento, basta nos remeter um e-mail para retirar seu nome de nossa lista de remessas.    Por hoje é isso. Espero que os textos sejam de seu agrado.    Um abraço fraterno. Editoria   The 84th Anniversary of the Russian Revolution For the first time in human history, if we exclude the brief but heroic Paris Commune, in 1917 the workers managed to seize political power and keep it. November marks the 84th anniversary of the Russian revolution of October 25, 1917 (old style, November 7th contemporary). The experience of the Bolshevik party and how it was able to successfully lead the revolution are invaluable to every Marxist. Only by studying the history of the party, the ideas of its leaders, and the class structure of Russia can we fully understand and appreciate the events of October 1917. In Defence of Marxism (Revista marxista inglesa) Visite-nos. Sobre as Revoluções (Extratos de Obras de Marx, Engels e Lênin) Prefácio da obra 'Uma Contribuição à Crítica da Economia Política' Karl Marx "Do mesmo modo que não podemos julgar um indivíduo pelo que ele pensa de sí mesmo, não podemos tampouco julgar estas épocas de revolução pela sua consciência, mas, ao contrário, é necessário explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas e as relações de produção" Preface of 'A Contribution to the Critique of Political Economy' Karl Marx "Just as one does not judge an individual by what he thinks about himself, so one cannot judge such a period of transformation by its consciousness, but, on the contrary, this consciousness must be explained from the contradictions of material life, from the conflict existing between the social forces of production and the relations of production" Guerra Civil em França - 30 de Maio de 1871, Karl Marx "Em presença de ameaça de sublevação do proletariado, a classe possidente unida utilizou então o poder de Estado, aberta e ostensivamente, como engenho de guerra nacional do capital contra o trabalho" "A constituição comunal restituiria ao corpo social todas as forças até então absorvidas pelo Estado parasita que se alimenta da sociedade e lhe paralisa o livre movimento" "A supremacia política do produtor não pode coexistir com a eternização da sua escravatura social. A Comuna devia pois servir de alavanca para derrubar as bases econômicas em que se fundamenta a existência das classes e, por conseguinte, a dominação de classe. Uma vez emancipado o trabalho, todo o homem se torna um trabalhador e o trabalho produtivo deixa de ser o atributo de uma classe." "A Comuna tinha perfeitamente razão ao dizer aos camponeses: "A nossa vitória é a vossa única esperança". "O domínio de classe já não se pode esconder sob um uniforme nacional, pois os governos nacionais formam um todo unido contra o proletariado." "O único mal é a exploração do homem pelo homem; a única tarefa, instaurar uma ordem social em que não haja lugar para exploração; o único dever, contribuir para a luta em prol dessa ordem social; a única pauta para julgar a conduta humana, verificar se contribui ou se se opõe à causa do Socialismo." Vladimir I. Lênin Coletado de 'Lênin, sua Vida e sua Obra', D. S. Mirski, 1930. A Propósito da Unidade Obreira (Fragmentos) Vladimir I. Lênin [...] Os operários, efetivamente, necessitam da unidade. E é mais imprescindível que tudo compreender que, à exceção dos próprios operários, ninguém lhes "dará" a unidade, ninguém está em condições de ajudar a sua unidade. Não se pode prometer a unidade: isto seria palavrório oco, enganar-se a si mesmo; não se pode "criar" a unidade mediante um "acordo" entre grupinhos de intelectuais. Isso seria o erro mais infeliz, mais ingênuo e mais tonto. A unidade há que conquistá-la! E só os próprios operários, os operários mais conscientes, estão em condições de consegui-la com seu empenho firme e perseverante. Nada mais fácil que escrever em letras grossas a palavra "Unidade", prometê-la e proclamar-se partidário dela. Na prática, no entanto, a unidade pode avançar unicamente com o trabalho e a organização dos operários avançados, de todos os operários conscientes. A unidade é impossível sem a organização. A organização é impossível sem a sujeição da minoria à maioria. [...] Publicação original: Trudovaia Pravda, n° 02, 30 de Maio de 1914. Obras Completas, V. I. Lênin, Tomo 25, págs. 178 e 179, 5ª edição, IML do PCUS, 1973. Tradução direta dos originais em russo. Tradutor: Néliton Azevedo. Obras Completas, V. I. Lênin, 5ª edição, IML do PCUS. em 55 tomos. Sobre a Revolução Russa de Outubro de 1917 (Extratos) Coletado de 'Russia is not Riddle', Edmund Stevens (assessor de W. Churchill, chanceler da Inglaterra), 1944. "A Rússia [pré-revolucionária] era desconhecida pelos americanos [mesmo os] bem informados e bastante viajados. Para o cidadão americano médio, a Rússia era uma "Terra de Hiperbóreos" asiática e cheia de sombras, quase tão remota e estranha como fora para os italianos, no tempo de Marco Polo, uma perturbadora terra incógnita, habitada por semi-bárbaros barbudos, que falavam uma linguagem incompreensível e dispunham de alfabeto próprio. Depois da Revolução de 1917 o tênue contato que existia antes foi inteiramente cortado. Depois, durante uma década e meia, os americanos pouco ouviam falar sobre a Rússia, exceto o que diziam os emigrados anti-soviéticos e a propaganda feita por outros que odiavam e temiam o novo governo e tudo o que ele representasse. Nada que se dissesse contra os bolchevistas era demasiado absurdo para ser descontado. E quem quer que atacasse o novo regime por escrito ou pela palavra falada encontraria prontamente lucrativa recepção." Tradução do original inglês: Néliton Azevedo Poesia Vladimir Maiakóvski Tivemos sob a bandeira vermelha, anos de sacrifício, dias de fome. Mas, cada tomo de Marx, nós o abríamos como se fossem janelas, e, mesmo sem ler, saberíamos onde ficar, de que lado lutar. O que foi a Revolução de Outubro Conferência Lev Trotski "O capitalismo como sistema mundial apenas sobrevive, historicamente. Terminou de cumprir sua missão: a elevação do nível de poder e da riqueza humana. A humanidade não pode estancar no degrau alcançado. Só um poderoso impulso das forças de produção e uma organização justa, planificada, em outras palavras, socialista de produção e distribuição, pode assegurar aos homens - a todos os homens - o nível de vida digno de conferir-lhes, ao mesmo tempo, o sentimento inefável de liberdade em frente da sua própria economia. De liberdade em duas ordens de relações: primeiramente o homem não se verá obrigado a consagrar sua vida inteira ao trabalho físico; em segundo lugar, já não dependerá das leis do mercado, isto é, das forças cegas e obscuras que operam fora de sua vontade." Extraído de 'O que foi a Revolução de Outubro?', conferência pronunciada em 27 de novembro de 1932, en Copenhague, Dinamarca. Notícias de Jornais da Época sobre a Revolução Socialista de Outubro (Extratos) (Jornais Estrangeiros) Londres, 11 de Novembro de 1917 "Os países aliados não reconhecerão o governo que ali [na Rússia revolucionária] se acaba de constituir, sob a presidência de Lênin. [...] Um governo nas mãos de Lênin é o mesmo que estar a Rússia à disposição da Alemanha [inimiga da Inglaterra, na I Guerra Mundial]" Paris, 11 de Novembro de 1917, agência de notícias 'Havas' "Um despacho de agência radiográfica da Hapananda, que conseguiu escapar da censura bolchevique, anuncia que os cossacos, ajudados pelos minimalistas [mencheviques], estão prestes a dominarem os leninistas, com os quais têm travado batalhas nas ruas da Capital" Londres, 14 de Novembro de 1917 (correspondente do Jornal 'A Noite') "Kerenski entrou em Petrogrado. A notícia não está confirmada, mas tem todos os visos de verdade. O fim do governo de Lênin está, pois, escrito. É preciso, porém, que essa aventura seja completamente castigada para que os comparsas de Lênin não tenham vontade de a repetir. [sic]" New York Herald (edição européia), 15 de Novembro de 1917 "Os bolcheviques foram completamente batidos e o agitador Lênin foi capturado." (Jornais Brasileiros) 'A Noite', 12 de Novembro de 1917 "Kerenski, à frente de 200 mil homens dedicados e apoiados não só pela grande maioria da população, como também pelo Exército e pelas organizações conservadoras [sic], luta a essas horas contra os maximalistas [bolcheviques] nos arrabaldes de Petrogrado ou, talvez, dentro da própria Capital russa. De Lênin e seus comparsas não há notícias [...]" 'O Imparcial', 12 de Novembro de 1917 "Já não há dúvidas sobre a situação na Rússia: o Sr. Kerenski dominará integralmente a desordem leninista." II Colóquio Marx e Engels Marxismo e Ciências Humanas O Centro de Estudos Marxistas (Cemarx), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (Ifch) da Unicamp, está organizando o II COLÓQUIO MARX E ENGELS, na semana de 19 a 23 de novembro de 2001. O tema geral deste segundo colóquio é a relação da produção teórica marxista com as denominadas ciências humanas – filosofia, história, ciências sociais, cultura etc. No colóquio há dois tipos de atividades: as Mesas-Redondas, compostas por palestrantes convidados pela Comissão Organizadora, e as Sessões de Comunicações, abertas à participação de professores, estudantes de pós-graduação e pesquisadores do marxismo de todo o Brasil. Temas das mesas-redondas do evento: 1. O Marxismo e as Ciências Humanas; 2. Marxismo e História; 3. Marxismo e Psicanálise; 4. Dialética, Leis e Contradição; 5. Crítica da Cultura; 6. Educação, Reprodução e Luta Ideológica; 7. Marxismo, Democracia e Cidadania; 8. Teoria das Classes Sociais; 9. Colonialismo, Imperialismo e a noção de Globalização; 10. Polêmicas (comunicações sobre teorias, conceitos e autores que são objeto de disputa teórica entre os marxistas e as ciências humanas). Informações Centro de Estudos Marxistas (Cemarx) ou Secretaria de Eventos do IFCH Tel. Cemarx: (019) 3788-1639 / Sec. Eventos: (019) 3788-1601 Caixa Postal 6110 - 13083-970 Campinas SP Cemarx: www.unicamp.br/cemarx – Sec. de Eventos: www.unicamp.br/ifch