| EDITORIAL
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com este Boletim a Revista Práxis está iniciando um novo serviço aos seus leitores e amigos. Enviaremos periodicamente notícias referentes à nossa Revista, cronogramas, agenda de eventos, divulgação de materiais correlatos, além de pequenos artigos, ensaios e textos para leitura. Cremos ser um bom apoio para favorecer o intercâmbio e o debate de idéias.
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Editoria
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VI ENCONTRO INTERNACIONAL DAS REVISTAS MARXISTAS
Leia em nossa Página Próximo Encontro
o Programa Completo do Encontro Internacional das Revistas Marxistas, realizado em Montevideo, Uruguay, nos dias 20 a 23 de Setembro.
Programa e Informes
Em espanhol.
El tema del evento es LOS PROBLEMAS DEL SOCIALISMO HACIA EL PROXIMO MILENIO, incluyendo las siguientes áreas temáticas: a) La experiencia del socialismo histórico; b) El capitalismo a fines del siglo, globalización y crisis; c) Las formas actuales de la lucha de clases; d) La cuestión del poder; e) Los sujetos sociales; f) El pensamiento socialista; g) Las perspectivas del proyecto socialista y la emancipación humana.
El VI ENCUENTRO LATINOAMERICANO DE REVISTAS MARXISTAS culminó sus actividades del sábado 23 de setiembre en Montevideo.
El evento se desarrolló los días 20, 21, 22 y 23, con la participación de las siguientes revistas y redes de intercambio: Actuel Marx (ed. en español), Argentina - Alfaguara, Uruguay - Bandera Roja, Argentina - Brasil Revolucionario, Brasil - Crítica de Nuestro Tiempo, Argentina - Critica Marxista, Italia - Cuadernos del Sur, Argentina - En Defensa del Marxismo, Argentina - Espaces Marx, Francia - Espacios, Ecuador - Espaço Marx Sâo Paulo, Brasil - Estudios, Uruguay - Herramienta, Argentina - Herramienta, Uruguay - Lutas Sociais, Brasil - Marx Ahora, Cuba - Marxismo Oggi, Italia - Nuevo Curso, Argentina - Nuevo Curso, Uruguay - Periferias, Argentina - Praxis, Brasil - Reunión, Argentina - Socialismo o Barbarie, Argentina - Tesis 11, Uruguay.
Se presentaron sesenta ponencias en 11 talleres o mesas redondas, que trabajaron intensamente y en un debate plural y fraterno, según los siguientes temas:
El socialismo de cara al nuevo siglo (panel de apertura)
La clase obrera hoy
Las luchas ideológicas de nuestro tiempo
Organizaciones políticas y populares
Luchas populares en América Latina
Estado, poder y dominación
Problemas de la sociedad actual
Movimientos sociales y sus desafíos
El capitalismo actual y la llamada "globalización"
Balance de la experiencia del socialismo histórico
La estrategia revolucionaria hoy
Se contó con la participación de más de docientos cincuenta personas diferentes a lo largo del evento, incluyendo treinta compañeros venidos del exterior. Destacamos la presencia de los compañeros cubanos Isabel Monal (directora de la Revista Marx Ahora) y Eddy Jiménez, y del compañero Laurent Lemarchand de la Universidad de Rouen por la Red Internacional de Espacios Marx. Los compañeros de Espaço Marx Sâo Paulo, Brasil, pusieron a disposición de todos nosotros su esfuerzo en el lanzamiento de la página Internet de la Red Marx Latinoamericana, www.redmarx.net donde estarán en breve todas las ponencias. No obstante, los compañeros que las deseen, todas o alguna en particular, pueden solicitarlas a esta dirección por e-mail.
Además, recibimos colaboraciones y saludos de numerosos compañeros que no pudieron asistir por distints circunstancias. James Petras envió especialmente una ponencia; Toni Negri, injustamente encarcelado en Italia, envió un cálido saludo y una ponencia.
Los asistentes acordaron la realización del encuentro correspondiente al año próximo en Buenos Aires, hacia el mes de ocutbre, introduciendo varias modificaciones para el mejoramiento de la dinámica. A su vez, se propone la realización de un "encuentro virtual" el mayo, con sub-encuentros regionales, al cumplirse los cientro treinta años de la Comuna de París.
El Encuentro presta su pleno apoyo a los nuevos movimientos internacionales contra el capitalismo, como el que en estos momentos se está realizando en Praga contra el FMI y el Banco Mundial, y a la Marcha de la Humanidad sin fronteras y el encuentro mundial contra el neoliberalismo previsto para el 2001 en Ciudad Juárez, México. Asimismo sigue atentamente los encuentros del 2000 y 2001 convocados en París de las organizaciones Espaces Marx y Congrés Marx International. Los asistentes aprobaron muy especialmente una declaración contra el llamado "Plan Colombia", del imperialismo norteamericano.
Estos encuentros convocados por las revistas y redes marxistas cubren el mundo entero, y están abiertos a todas las orientaciones de pensamiento crítico alternativo y movimientos sociales antisistémicos. Todos aquellos que compartan el objetivo de la emancipación social y humana son bienvenidos en este esfuerzo mancomunado. Destacando una vez más el logro de una discusión abierta, plural y fraterna sin desmedro de la profundidad, los convocamos a todos a sumarse en las tareas de continuidad previstas para desarrollar este impresicindible espacio de enriquecimiento del pensamiento crítico revolucionario. Todas las actividades propuestas están abiertas a sugerencias, críticas y/o complementaciones.
La emancipación de los trabajadores será obra de los trabajadores mismos
Montevideo, setiembre de 2000
Página Próximo Encontro
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CRÍTICA E DEBATE
"No limite":
Darwinismo Social e Ideologia do Controle
Paulo Denisar Fraga Prof. do Depto. de Filosofia e Psicologia da UNIJUÍ, RS. Membro e Colaborador da Revista Práxis.
"A idéia de que o mundo quer ser enganado tornou-se mais verdadeira do que, sem dúvida, jamais pretendeu ser." (Theodor Adorno e Max Horkheimer).
A Rede Globo apresenta "No limite", seu mais novo sucesso televisivo, na verdade uma versão tupiniquim do programa "Survivor" (Sobrevivente), da CBS americana.
A notória aceitação do programa pelo grande público poderia sugerir que esse é o único critério para avaliá-lo, com aplausos. Realmente, como tudo que a indústria cultural fabrica, "No limite" parece imperiosamente simpático. Mas uma rápida análise crítica do seu conteúdo já revela o seu caráter instrumental, a serviço de formas refinadas de controle dos indivíduos, e da perpetuação das condições sociais geradas pela dominação.
O enredo do programa não só é expressão nua e crua do modo de vida da sociedade capitalista, como também reprodução consciente e ativa da ideologia que lhe corresponde. A força dessa ideologia não está no que ela diz, mas na sutileza do que sugere e inculca homogênea e sistematicamente. Por isso, é preciso dissolver o fetiche da imagem perfeita e compacta para vislumbrar alguns dos seus traços manipuladores e entender a natureza regressiva da ideologia que perpassa essa série.
Lidando não com atores ou manchetes da vida real, o apelo realista do programa, que lhe confere sucesso, corre por conta de duas equipes, que sob situações predeterminadas, competem entre si num jogo cujos desafios implicam diretamente sobre as condições de sua existência, tais como alimentação e abrigo. Como uma espécie de paródia do trágico, o programa familiariza-se com o público pela reprodução imagética de uma noção mais ou menos comum à vida social em crise: a de que viver tornou-se um desafio.
"No limite" realiza a sublimação estetizada do dilaceramento da vida humana na sociedade capitalista. Mas no sistema da indústria cultural, toda sublimação é repressiva, porque é distração da sensibilidade crítica em favor do convite à diversão com formas variadas do sofrimento humano. A alma do programa é a competição, hiperpotencializada pela promessa ilusória de que a escalada da fama está ao alcance de qualquer um. Mas nele tudo está muito certinho. Os que perecerem no caminho é porque se mostraram menos "aptos". Afinal, a concorrência dá a todos a sua chance, já que ela, como manifestação da "liberdade", nunca tolhe o "justo" lugar dos "mais capazes". É a estetização do darwinismo social, perfectibilização reacionária da idéia de que a vida social não é para todos, e que só os "mais aptos" podem perseverar. É por isso que no topo da pirâmide de "No limite" só cabe um único indivíduo, assim como no capitalismo só cabe uma classe social.
Mas "No limite" não se deixa flagrar facilmente. Comporta em si indivíduos dos mais diferentes estratos sociais. A sugestão é de que o problema não está no sistema da desigualdade social, e que a miséria não é questão de revolução, mas de vontade própria e determinação individual. É assim que o belo cenário natural, a utilização de uma linguagem com termos nativos da língua guarani, e o reconhecimento das equipes como Sol e Lua, astros da natureza, correspondem à exigência liberal de naturalização da concorrência, ao mesmo tempo que recalcam a compreensão dos conflitos sociais como resultado das desigualdades da sociedade de classes.
Na hora de decidir quem sai do grupo após uma derrota, cada um que vota justifica-se entre a acusação e o lamento, espécie de autodefesa para espiar a razão de todos os problemas na figura singular daquele outro indivíduo, tudo seguindo a cega e mórbida lógica de que o sistema como um todo jamais pode ser questionado. Os telespectadores sentem-se realizados na exclusão do "mauricinho", do "mandão", e torcem pelos componentes mais humildes e solidários do programa. Não se percebe que isso funciona psicologicamente como uma válvula de escape para a qual o sistema canaliza a insatisfação social, oferecendo o descarte individualizado de alguns dos seus efeitos enquanto desvia a atenção do conjunto de suas causas. Na inquisição do indivíduo sabota-se o próprio sentimento da indignação humana, para que esta nunca ouse se alçar à imaginação sob a forma do coletivo.
Porém, o ritual pareceria ser democrático; afinal de contas, as pessoas votam. Claro, a indústria cultural sempre precisou sustentar a ilusão do respeito à liberdade de escolha para esconder que fabricou o próprio consumidor ao manipular o homem pela raiz, ou seja, na elaboração de suas mais íntimas necessidades. É assim, como disse Marcuse, que "sob o jugo de um todo repressivo, a liberdade pode ser transformada em poderoso instrumento de dominação", já que "o alcance da escolha aberta ao indivíduo não é o fator decisivo para a determinação do grau de liberdade humana, mas o que pode ser escolhido e o que é escolhido pelo indivíduo."1 Ora, no interior do "ritmo de ferro" dos programas da indústria cultural, ninguém escolhe livremente nada, pois tudo já está previamente calculado, das perguntas às respostas. Afinal, como escreveram Adorno e Horkheimer, "só a vitória universal do ritmo e da reprodução mecânica é a garantia de que nada mudará, de que nada surgirá que não se adapte."2
O fato de ser um indivíduo aquele que vencerá a competição de "No limite" não significa nenhuma afirmação da individualidade. Pelo contrário, é expressão concreta da negação da humanidade como gênero, pois pressupõe a eliminação de todos os outros em vista de um. De fato, a indústria cultural, como advertiram Adorno e Horkheimer, só realiza o homem como ser genérico maldosamente, onde, sob o achatamento das diferenças individuais, "cada um é tão somente aquilo mediante o que pode substituir todos os outros: ele é fungível, um mero exemplar"3. Assim, não interessa quem fique ou quem saia, pois todos já estão reduzidos a engrenagens da mesma máquina. A expectativa sobre quem vai sair ou vencer é vazia. Não obstante, é ostentada com força total, pois dessa tensão depende a eficácia do sistema em canalizar a atenção do público para a sua forma pré-fabricada de ver o mundo, finalidade perante a qual a alegada preocupação com os índices de audiência não passa de meio e disfarce.
O método de "No limite" está inscrito em um processo mais amplo de consolidação progressiva da vida administrada, onde a diversão sádica com a especulação dos limites e mazelas da vida privada do outro carrega um veio totalitário. Não é à toa que a idéia das webcâmeras da internet, que transmitem 24 horas por dia a vida de algumas pessoas, é o mesmo método de cobertura que garante o sucesso de "No limite", e encontra a sua inspiração original no Grande Irmão, o ditador do livro/filme 1984, de George Orwell, cujo olho eletrônico vigiava ininterruptamente a vida cotidiana das pessoas. Eis um dos motivos pelos quais a apologia acrítica dos teóricos do deslumbramento não é suficiente para esconder os aspectos regressivos da internet, os quais reatualizam toda a força crítica do conceito frankfurtiano de indústria cultural.
Enquanto cidades espalham câmeras por todos os lados, estrategistas projetam uma vida urbana em que os indivíduos seriam monitorados por cartões, que usariam para acessar todo e qualquer lugar, desde a porta de suas casas. Mas a melhor fórmula de controle ainda é rebaixar a cultura ao extremo de transformar o sofrimento em diversão. A indústria cultural está apenas inculcando formas subjetivas de diversão, que quando saírem completamente da virtualidade para a vida real, terão arregimentado tantas tendências irracionais que a sociedade inteira salivará diante do controle totalitário.
1 - MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial. 6.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 28.
2 - ADORNO, T., HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. 7.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 126.
3 - Idem. Ibidem, p. 136.
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Panorama Editorial
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Saiu do prelo o livro Los Límites del Desarrollo Sustentable, Ed. Banda Oriental, em espanhol, do Prof. Dr. Guillermo Foladori, antropólogo uruguaio e membro do Coletivo de Sócios da Revista Práxis.
Já está no mercado o livro Fios de Ariadne: Ensaios de Interpretação Marxista, do Coletivo de Autores do Centro de Estudos Marxistas, em co-edição com a Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul.
Está sendo relançado o livro de poesias de Gabriel Côrtes Versos à Esquerda, pela Editora ProJetO.
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